Sou pequena.
Sou de uma família de baixinhos, então meu tamanho não é surpresa pra mim nem pra ninguém. Sou pequena. Sou escrita em letras minúsculas: tudo em meu corpo é menor: meus pés, meus dentes, a largura dos meus dedos e do meu pulso, meus olhos que somem quando sorrio.
Sempre tive espelhos em casa, é claro, então sempre tive também consciência da minha pequenez. Não que isso impeça as pessoas de me lembrarem dela em qualquer oportunidade que tenham. É frustrante em algumas vezes, como quando preciso de um banquinho pra conseguir pegar o biscoito que está na última prateleira ou quando alguém não me leva a sério porque tenho 1,58 de altura e o respeito de opinião é um pouco mais difícil de se conquistar pr’aqueles que têm menos de 1,60.
Por fora, sou pequena mesmo. Mas não se enganem: sou enorme aqui dentro. Tenho um universo inteiro entre meus órgãos, galáxias e sistemas solares de sonhos e ideias que transbordam pelos meus poros. Tenho uma poesia imensa que grita, chora e se descabela para ser escrita no papel. Tenho consciência do quão grande sou por dentro, não porque posso ver isso refletido no espelho, mas porque sinto.
Para compensar o pouco espaço físico que ocupo nesse mundo, faço dos meus versos mal escritos uma extensão do meu ser: nas minhas rimas, concretizo a imensidão do meu sentir.
Lindo esse trecho: “meus olhos que somem quando sorrio”.
Vc é grandiosa demais!
Sua pequenez não é nada comparada à grandiosidade do seu ser ! Agora me dei conta de que sou menor do que você e somos, igualmente, tão grandes por dentro !!!!!!!
E quem disse que seus versos são mal escritos ?
Muito bem expressado, ocupar pouco espaço no mundo físico e uma imensidão em outra dimensão… na era digital isso pode ser mais valioso do que você pensa! Que você continuei inundando com a sua poesia.
Obrigado pela inspiração!!!
E pequeno pois
Vivo assim sorrindo
Pois dentro de mim vôo
E sigo sentindo